ATENÇÃO! MAIS ESCOLAS SERÃO TERCEIRIZADAS EM MINAS GERAIS
Fonte: Estado de Minas |
A decisão do Governo de Minas de ampliar a terceirização de escolas por meio do Projeto Somar, levanta preocupações significativas sobre a qualidade da educação pública e o papel do Estado na garantia do acesso e da equidade no ensino. Embora a proposta de "ampliar a capilaridade" possa parecer promissora à primeira vista, é fundamental analisar as possíveis consequências dessa medida.
Em primeiro lugar, a terceirização da gestão escolar pode resultar em uma desarticulação do sistema educacional. A educação é um direito fundamental e deve ser tratada como uma responsabilidade do Estado, que deve assegurar padrões mínimos de qualidade. Ao transferir essa responsabilidade para empresas privadas, corre-se o risco de priorizar interesses econômicos em detrimento do bem-estar dos estudantes.
Além disso, a experiência de outros estados e países que implementaram modelos semelhantes frequentemente revela um aumento nas desigualdades educacionais. As escolas geridas por instituições privadas podem não atender às necessidades específicas das comunidades locais, resultando em um ensino que não considera as particularidades culturais e sociais de cada região.
Outro ponto crítico envolve a transparência e a accountability (responsabilização dos gestores de uma organização pelo resultado de suas ações) na gestão de recursos públicos. A terceirização pode dificultar o controle e a fiscalização do uso do dinheiro público, levando a possíveis desvios e à falta de responsabilidade sobre os resultados educacionais. A comunidade escolar, composta por alunos, pais e professores, deve ter voz ativa na gestão das escolas, algo que pode ser comprometido quando a administração é entregue a terceiros.
Por fim, é essencial que o Governo de Minas reavalie sua abordagem acerca da gestão do ensino público. Investir na formação e valorização dos profissionais da educação, na infraestrutura das escolas e na criação de programas que promovam a inclusão e o aprendizado de qualidade deve ser a prioridade. A educação não pode ser tratada como um projeto a ser terceirizado, mas sim como um compromisso que requer esforços conjuntos e uma gestão transparente e participativa.
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